segunda-feira, 8 de outubro de 2012

[ História ] Vinda da Corte

   Século XIX. Napoleão, sinistramente, tornou-se Imperador Francês e estava dominando tudo na Europa (menos a Inglaterra, que tinha uma frota marítima interessante).Espanha havia se aliado à França e era só uma questão de tempo até que Portugal sucumbisse. 


Da transferência


    Pode parecer que a corte veio às pressas, num desesperado ato de fuga. Mas não foi bem assim. ( Afinal, como transportar e abastecer milhares de nobres no improviso?) Já havia um tempo que, analisando a situação da Europa, homens como Pe. Antonio Vieira, Martim Afonso de Souza e o Marquês de Pombal estavam pensando seriamente na transferência da família caso fosse necessário.
    Napoleão era tão sinistro que até mesmo a Inglaterra, principal credor de Portugal, não ousava na ajuda para um combate frente-a-frente. Quando as tropas do Gal. Junot chegaram a Lisboa, lá se ia a Corte, rumo ao Brasil-sil-sil.


Da chegada


     Depois de uma breve parada em Salvador pra tomar uma água de coco (onde já abriram os Portos às Nações Amigas), seguiram pra cá (RJ). Escolheram aqui porque aqui tinha o maior porto, intensa atividade comercial e ligação com as demais regiões do país. Entretanto, a cidade ainda tava engatinhando: era tipicamente colonial, as ruas eram tortas, as casas eram bastante simples, serviços públicos precários, pequena população (a maioria eram escravos)... você entendeu. Quer dizer, os nobres portugueses, acostumados com o luxo, tendo que morar neste muquifo?
      A Corte foi para o edifício do Paço, com D. João indo morar na Quinta. Aí entra a história do PR (Prédio Roubado, ou Ponha-se na Rua), porque os nobres tinham direito de pegar qualquer casa aqui, mesmo ocupada. PR, pra quem esqueceu, significava "Príncipe Regente". 

     Então começam as modificações interessantes: começaram a reformar a cidade, pra deixar com uma cara de europeia; criaram a Intendência Geral da Polícia; etc pra baixo \/


Algumas modificações


   D. João criou várias escolas de ensino superior, implantou vários órgãos administrativos portugueses (ministério da Guerra, da Marinha; Conselho de Estado, Supremo Militar; etc)
   Como os portos portugueses estavam dominados pela França, abriram-se os Portos às Nações Amigas, pra poder dar continuidade ao desenvolvimento econômico. (Portugueses não gostaram porque agora teriam que competir com produtos brasileiros)
   Criou-se o Banco do Brasil, a Biblioteca Nacional, o Jardim Botânico!

    Tratado de Aliança e Amizade : Onde a Corte se comprometia a ter atitudes mais vigorosas contra a escravidão em sua colônia.
    Tratado de Comércio e Navegação : Onde a Inglaterra teria vantagem alfandegária, teria a menor taxa alfandegárias entre todas as nações, menor até mesmo que a metrópole portuguesa.
   As manufaturas no Brasil foram então permitidas.
  

Conclusão


       Então tínhamos no final: Brasil, que havia alavancado, virando o centro do Império Português, e do outro Portugal, que sem seu soberano havia ficado "no estrume".
       Com o fim do Império Napoleônico, os portugueses da Europa (obviamente) se aproximaram da França, pra não ficar dependente da Inglaterra. A Inglaterra queria que a corte se transferisse de volta pra Portugal, onde ela estaria mais vulnerável aos interesses locais. Só que D. João VI já havia se estabelecido, e não queria voltar pra ter que ficar na Europa numa condição inferior. Inglaterra faz pressão: não aceita revisão dos tratados e exigiu que Portugal proibisse em parte o tráfico de escravos. Estouram duas revoluções (uma no Brasil, a Pernambucana, e outra em Portugal, no Porto). D. João VI não conseguiu conter os ânimos e decidiu voltar, deixando aqui seu filho, D Pedro.


   
Staff PontoG da 1C

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